sexta-feira, 9 de outubro de 2009


PRAÇA JOAQUIM ANTONIO DE ARRUDA.Em 1860, as famílias Arruda, Faustino e Graciano doaram parte de suas propriedades para a criação do Patrimônio de São Sebastião. Em 1871, foi instituída a Freguesia "São Sebastião do Tijuco Preto", pertencendo ao município de São João Batista do Rio Verde, hoje Itaporanga. Elevada à categoria de Vila, tornou-se município em 25 de abril de 1880, pela Lei Provincial 111, mas somente em 1891 recebeu sua denominação definitiva, "Piraju", derivada de "pira-yu" (peixe amarelo, em tupi-guarani).
Em Janeiro de 1886 foi nomeado pelo presidente da Câmara uma comissão para formular nomenclaturas nas poucas ruas e largos da cidade, e um dos largos a receber o nome foi o Largo do Arruda, situado em um terreno desprovido de ruas, somente um pequeno pedaço de terra com gramado comum, mais parecendo um pasto, sem passeios ou canteiros.Ao passar dos anos essa praça foi recebendo seus melhoramentos. VEJA O MAPA
 



Quem foi Joaquim Antonio de Arruda – natural de Tiete – SP, após o falecimento de sua esposa Dona Maria Alves Pereira, natural de Coimbra – Portugal. Vendeu tudo o que tinha e compraram terras situadas as margens do Rio Paranapanema. Chegou a essa região em 1859, junto com sua família desbravando os sertões da época.
Foi um dos doadores de terra para a formação do município, a parte da sua doação fica nas margens do Paranapanema, de ambos o lado, sendo a maior parte na margem direita do rio. A época de fundação de São Sebastião do Tijuco Preto foi nos fins de 1860 quando se construiu a primeira capela.





A Praça Joaquim Antonio de Arruda foi criada pela câmara em 1886. Já teve vários nomes antes de chegar ao atual, como “Largo Santa Cruz” porque ali havia um cruzeiro, logo se chamou “Largo do Rosário” porque se pretendia construir ali a capela de Nossa Senhora do Rosário, depois foi aprovado pela câmara municipal com o nome de “Largo do Arruda”.



Cadeia publica, sua pedra fundamental foi lançada em 1903, e inaugurada em 05/11/1904, o prédio servia também como fórum com salas para Juiz, Promotor, Júri e de audiências, que funcionava na parte de cima, e na parte de baixo ficava o alojamento dos soldados e as celas dos detentos A cadeia possuía varias celas, sendo reservados para mulheres, homens e de acordo com depoimentos de pessoas, havia também o lugar onde ficava os “loucos”.Seu edifício foi um dos mais importantes entre os congêneres do Sul do Estado, passou por uma reforma em 1950, e em 1962 foi demolido, já que o prédio não servia mais para a sua finalidade, outra cadeia foi construída, com verbas do governo, em lugar mais afastado do centro da cidade.







                                                       Comemoração cívica - 1921



Foto de 1933- corpo policial da época






Loja Maçônica Cavalheiros do Sul, - as atividades 

maçônicas tiveram inicio no ano de 1881, as reuniões eram realizadas em casas particulares até a construção do prédio em 1904. O prédio por alguns anos serviu de hospital a Santa Casa, foi devolvido aos maçônicos e em 1954 completamente reformado.




Igreja Presbiteriana Independente – em 1912 uma casa foi adquirida perto da Praça, situada ao lado da cadeia, que reformada passou a servir de templo, considerando que o salão era pequeno, foi demolido para a construção do atual prédio, inaugurada em 13/12/1956, seu pastor era o Reverendo José Coelho Ferraz.








O coreto pertencia a Praça Ataliba Leonel, foi transferido para a Praça Arruda em 04/março/1918, autorizado pela câmara municipal, quando estavam sendo construídos os passeios e trajetos da praça, que permanecem até hoje, só foram calçados em 1921.

Em 1958, a Praça Joaquim A. Arruda, foi totalmente remodelada e replantada com gramas, arbusto, flores, e arvores de grande porte, tendo a municipalidade contratado um técnico para orientação e execução dos serviços. Foi inicio da construção do parque infantil. Nossa cidade era considerada muito bonita, mesmo sem os calçamentos das ruas, por esse motivo teve o apelido de “Princesinha descalça”.

Telefone – em dezembro de 1908 já haviam sidos instalados telefones públicos em Piraju, e o prédio da esquina da Rua Cel. Nhonhô Braga com o Washington O. Oliveira, já foi prédio próprio da Cia. telefônica Brasileira, que na época tinha a concessão dos telefones, atendendo toda a população com 18 telefonistas.

O Recanto Infantil







O Prédio da C.P.F.L, a sua construção começou em 1957, com quatro andares e inaugurado nos primeiros semestre do ano de 1959 e pertencia a USELPA, antiga CESP, ela servia como residência para os Engenheiros da Cia. que participavam da construção da Usina Jurumirim, hoje funciona como escritório da Cia. CPFL.


Jornal “O comercio de Piraju” “de 04/05/1957, escreve “ que há muitos anos encontrava-se totalmente abandonada, a Praça, servindo como pasto para cavalos e cabras, e também de “mata virgem” para os tarzans-mirins se exercitarem na luta com os imaginários inimigos. A criança habituou-se a brincar nos capinzais da Praça á vontade, mas nesse ano foi iniciada a reforma, pretendem conservar o antigo traçado, acrescentando pormenores e promovendo a renovação dos gramados e criando canteiros de flores; e em estudo a construção de um parque infantil, assim as crianças terão um lugar próprio para sua recreação, sem ter ninguém para censurá-las por pisarem na grama.



Foto tirada em 1933, retratando a Cadeia Publica de Piraju e o corpo Policial da época.


                                                             Demolição do Prédio em 1962.














Fórum – O Edifício majestoso que abriga todas as dependências da Justiça da comarca foi inaugurado em 25 de fevereiro de 1967. Devido à demolição do antigo prédio e a demora da autorização do Governo para a construção do novo, a fórum funcionava provisoriamente em uma casa na Rua 13 de maio.


Foto dos meados de 1920 mais ou menos, retrata o pequeno templo da Igreja Presbiteriana, e ao seu lado o esboço da Rua Renato Dardes, que nessa época ainda não tinha nome, vêem-se o prédio onde funcionava a Cadeia e o Fórum, os fundos da Loja Maçônica.



No prédio da atual gráfica Sanmar, funcionou também na época de 40 a primeira Agência do Banco do Brasil, mais tarde funcionou a gráfica Invicto 70 e a gráfica do jornal “ Folha de Piraju”.
Feira ao ar livre que acontecia na praça, fotos de 1961.










A foto tirada nos anos 70, onde retrata o jardim de infância, e o novo prédio do fórum e uns dos carros de bois que embelezava a praça.




A praça nosso orgulho, nossa vaidade, acolhedora, colorida, envolta de prédios, automóveis, de gentes que passam no coração da cidade as pressas sem notá-la, às vezes a admirá-la. Nossa praça tão antiga foi sala de visita para muitos, foi hospitaleira, e já foi esquecida, foi palco de acontecimentos tristes, alegres, românticos, traiçoeiros, presenciou o começo de um namoro, viu acabar um casamento, viu crianças crescerem, tornar-se adultos e depois idosos, e ela continua ali, toda graciosa, acolhedora, as vezes irrequieta, fazendo-nos companhia.
Seu único pedido, é que cuidem dela.